terça-feira, 17 de novembro de 2009

Entrevista

No dia 23/10, a professora Maria da Parecida, lotada na Esc. Mul. Aurélio Buarque de Holanda, Aureny I, deu início a execução do projeto "A importância dos triângulos nas construções humanas" nas três turmas de 7º ano onde atua. O projeto tem como norte a seguinte situação problema: "Por que a forma triangular é muito comum em estruturas metálicas ou de madeira utilizadas, por exemplo, na sustentação de telhados e pontes?

Com esse questionamento a professora motivou os alunos a pesquisar e conhecer mais sobre os triângulos e sua utilização em diversas construções humanas e a partir daí ela desenvolveu uma série de atividades visando a construção e o desenvolvimento de conceitos relacionados aos triângulos, como por exemplo: condições de existência(ângulos e lados), classificação (lados e ângulos), bissetriz e área.

Por coincidência, a referida professora está conosco aqui na SEMED e aceitou nos conceder uma pequena entrevista. Vamos lá!

O desenvolvimento do projeto atendeu às tuas expectativas?

M.P.: Sim, atendeu. Os alunos estavam muito entusiasmados para desenvolver as atividades propostas no decorrer das aulas. Eles mesmos chegavam às conclusões ao término de cada trabalho que fazíamos. Eles se envolveram tanto que não houve indisciplina, diferentemente de outros dias onde se trabalhava com aulas expositivas. A aprendizagem é muito maior quando as aulas são práticas, lúdicas, quando eles podem manipular e visualizar o objeto de estudo.

A propósito, fale um pouco sobre as atividades ditas "práticas".

M.P.: No dia 25/10, os alunos foram orientados a construir figuras geométricas, como triângulos e quadriláteros, usando palitos de picolé(lados) e percevejos(vértices) onde eles deveriam manipulá-los e compará-los quanto a rigidez das figuras. Depois, eles deveriam escrever uma conclusão quanto a característica observada. Eles perceberam que as formas triangulares não úteis nas construções porque eles "não se movimentam", para usar uma expressão dos próprios alunos. No dia 26/10, construímos triângulos usando régua e transferidor para medir os ângulos internos. Informei uma série de valores para os ângulos e a partir daí, em grupos, eles deveriam tentar construir triângulos com essas medidas. Nem sempre eles conseguiram... mas, a grande dificuldade era utilizar o transferidor! Mas, com orientação todos fizeram. Dia 27/10 houve a continuação da aula anterior. Eles recortaram os ângulos construídos e colaram em uma outra folha tentando montar um triângulo. Eles deveriam observar quais dessas ternas de ângulos formariam triângulos. Isso permitiu a eles concluir que somente "fechariam" quando a soma desses ângulos fosse 180º. Propus ainda uma atividade do livro acerca do tema da aula. Dia 29/10, construímos triângulos a partir de medidas de segmentos da seguinte forma: eles construíam um segmento inicial com régua, depois, mediam a abertura do compasso(raio) na régua e marcavam um arco no papel botando a ponta seca numa das extremidades do segmento e a outra pertenceriam ao arco; fariam o mesmo com outra abertura, onde os arcos se interceptassem teríamos o terceiro vértice do triângulo. Caso isso não acontece, não teríamos triângulos. Pedi a eles que escrevem a que conclusões se poderia chegar a partir dessa experiência. Dia 4/11, utilizei a construção do Tangram que é uma atividade do AAA5. Eles deveriam utilizar régua e transferidor e classificar, sobrepor e verificar casos de congruência.

Continua...

Um comentário:

Unknown disse...

Parabéns professora Maria. Com certeza os alunos sempre que virem um triângulo em uma construção lembrarão da senhora e da aula de matemática.
Prof. Cristiane Mezzaroba
Formadora Gestar II MEC/UnB